quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Revelações a Santa Brígida.

Jesus: “Quando criei o homem, apaixonei-me pela
beleza de minha criatura, pois ela foi feita à minha ima-
gem e semelhança.”

“Não podíamos pedir a Deus que nos criasse, mas
Deus, impelido por um fogo de amor, criou-nos à sua pró-
pria imagem, numa dignidade que a língua é incapaz de
dizer; o olho incapaz de ver; nosso espírito incapaz de
compreender. Eis a nossa dívida para com Deus, dívida
que reclama pagamento; reclama amor. A alma não pode
viver sem o amor, porque foi feita de amor. Criei-a por
amor, diz o Senhor Deus”.

“Ó abismo, ó Divindade eterna, ó oceano sem fundo,
que mais poderias dar além de ti? Tu és o fogo que quei-
ma e jamais se extingue. Tu és o fogo que desfaz toda
frieza. Fogo que derrete o gelo. Fogo, cujo clarão me fez
conhecer a verdade”.

“Se é verdade que Cristo, o Filho de Deus, morreu
na cruz, mister se faz que todo coração se transforme num
Gólgota, e que os olhos não se deslumbrem mais
com outras flores que não as cinco rosas* vermelhas de-
sabrochadas no jardim do Corpo de Cristo. Nenhum outro
amor é permitido, a não ser o amor deste esposo de san-
gue. Que sua mão esquerda ensangüentada me abrace
com força... Impossível resistir-lhe”.

Num êxtase, após a comunhão, exclama: “Ó Trinda-
de eterna, pequei todos os dias de minha vida. Ó alma
miserável. Nunca te lembraste de teu Deus? Certamente,
não. Se o tivesses feito, tu te terias consumido na fornalha
do seu amor”.

“Em tua natureza, ó Deus eterno, eu reconheço mi-
nha própria natureza. Minha natureza é o fogo.”

Jesus, sorrindo, corrige: “Eu sou o fogo e vós as centelhas”.

*as cinco chagas

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Como fazer a nossa vontade obedecer à vontade de Deus

Segundo a Vida Espiritual comentada e explicada de Tanquerey, a vontade governa todas as demais faculdades do homem. Regular a vontade é regular o homem todo. Os meios para educá-la consistem em trabalhar a inteligência no qual esta fornece convicções profundas que servem com guia. Essas convicções ajudam a seguir o que é conforme a vontade de Deus. Um exame de consciência e reafirmação dos princípios básicos assumidos em seguir a Deus é muito bom. Por exemplo, se quero ser feliz, confio-me inteiramente a Cristo, então devo evitar todo obstáculo que se opõe: o pecado. Devemos procurar repetir o que São Paulo disse: “Senhor, o que queres que eu faça?” (At 9,6).

Ainda segundo o livro deve se operar as convicções com:
Decisão – sem perder tempo com dúvidas sem fim.
Firmeza – por mãos a obra sem esperar por grandes ocasiões.
Constância – renovam-se sempre os esforços, não se levar pelas quedas.

O terceiro ponto é pedir com humildade e confiança a graça de Deus. Renovar as convicções sobre a necessidade da graça.

De acordo com São João da Cruz, fazer a vontade de Deus é muito uma questão de caridade, fazemos isso para amá-lo, e quando se ama não se fica fazendo medições, simplesmente vamos além, cumprimos assim o primeiro mandamento.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Porque orar sempre

“Não se deveria contar o tempo passado em oração, mas o tempo em que não se reza... Questão de amor... Rezar sempre? Quais novos “Nicodemos”, respondemos: impossível! Oração é vida teologal em exercício... vida da alma em Deus... vida das três Pessoas Divinas em nós. É para isso que a alma foi feita” (Lochet)
É a queixa do Papa. “De uns tempos para cá, até os bons, até os fiéis, até os consagrados a Nosso Senhor, rezam menos” (Paulo VI, 13.8.1969)
Os quatro evangelistas fornecem-nos, sobre a oração, material em abundância: prova que a oração foi tida na Igreja primitiva como assunto importante.

O que aumenta o mérito da oração é orar com amor. Como disse Isabel da Trindade, ainda criança, a uma senhora que estranhou suas longas horas de adoração perante Jesus no sacrário: “Madame, nós nos queremos muito”.

Quando uma alma pára de rezar, nós a consideramos como nossa, disse o demônio ao santo milagreiro Pierre Lamy, vigário num subúrbio de Paris, +1931.
Nossa Senhora assiste à sua missa, e no memento dos vivos insiste: “É preciso pedir mais; pois há abundância e superabundância para dar”.

“Para falar com Deus, não é necessário talento. Eloqüência e oratória são inúteis. Cartas de recomendação (dos grandes desta terra) são contra-indicadas, e em nada favorecem. Miséria e humildade ainda são a nossa melhor recomendação. Nada de cerimônias. Nada de rubricas e etiquetas a observar. Basta a fé que transporta montanhas” (F. W. Faber 1. c.)

A oracão pelo próximo II

Sta. Catarina de Sena reza pelos pecadores. Seu primeiro troféu é o blasfemador André Nandini, convertido ao amor de Deus na hora da morte. Depois Deus pede-lhe expressamente: “Recomendo-te que rezes com fervor e com perseverança pela conversão dos pecadores; quero que por eles me faças violência com preces e lágrimas”. Sta. Teresinha salvou o tríplice assassino, Pranzini, um minuto antes de morrer na forca.

Em nosso século, Jesus diz a Gertrudes Maria (1907): “Vem comigo. Vou percorrer o mundo todo. Bato à porta de todos os corações. A maioria recusa entrada. Vem, acompanha-me. Enquanto bato, tu rezas. Quando sou rejeitado, tu me consolas”. “Fiz o que Jesus pediu. O dia todo ficamos visitando o mundo inteiro: com Jesus, tudo vai ligeiro”.

Sta. Margarida Alacoque deixou-nos dito: “Um justo pode alcançar o perdão de mil pecadores”. Sta. Coleta pediu certa vez a conversão de mil pecadores. Depois, refletindo melhor, ou pior, espantou-se do seu pedido, que lhe pareceu temerário. A Santíssima Virgem apareceu-lhe sorrindo e mostrando-lhe os convertidos. Eram mil.

O’Connel, o libertador da Irlanda no século XIX, rezou terços no Parlamento de Londres, durante as sessões que decidiram o destino de sua pátria. Ganhou batalhas parlamentares tão deslumbrantes, diz ele, graças aos terços de sua mãe, na Irlanda.

Fonte: Pe João Beting, Manual de teologia mística.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

A oração pelo próximo I

Árvore de Chuva

No planalto andino cresce uma palmeira de rica folhagem que os indígenas chamam de tamai caspi, árvore de chuva. As folhas dessa palmeira têm um poder estranho: absorvem a umidade da atmosfera e deixam-na cair no chão como gostas de orvalho. O chão ao redor está sempre úmido, mesmo na maior seca. Cristão, sê árvore de chuva para teu próximo atraindo o orvalho da graça de Deus sobre ele.

Apostolado da Oração

A tua salvação eterna depende de tua oração. Mas não percas muito tempo contigo mesmo. Reza pelos outros. Entra no Apostolado da Oração. Não na confraria
que o Pe. Ramière SJ. fundou no século passado, mas na irmandade na qual entramos pelo batismo: na corporação do corpo místico de Cristo. Vivendo nesse organismo sobrenatural, cujo chefe e cabeça é Jesus, temos poder e dever de interceder, de rezar pelo próximo. Já São Tiago recomenda-nos: “Rezem uns pelos outros para se salvarem” (5,16). “Quem dá um copo d’água ao sedento, não perderá sua recompensa” (Mc 9,40); quanto mais...

Santa Ângela de Foligno, no dia da morte, afirma a seus discípulos: “Garanto-vos que recebi mais graças de Jesus quando chorava os pecados dos outros do que quando
chorava os meus. O povo vai achar graça, que alguém possa chorar mais sobre os pecados do próximo do que sobre os seus... Mas o amor faz isso, não é deste mundo”.

Santa Teresa d’Ávila fala com a mesma convicção:
“Há algumas pessoas às quais parece duro não rezar muito pela própria alma. Mas que melhor oração do que esta: rezar pela Igreja e pelos sacerdotes? Por ela teremos desconto das penas do purgatório. E o que ainda faltar, que falte. Que importa ficar eu no purgatório até o dia do juízo, se pela minha oração se salvar uma só alma? Quanto mais tratando-se do proveito de muitas e da glória do Senhor” (Caminho 3,6)

Fonte: Pe João Beting, Manual de teologia mística.

Características do Amor de Deus

O amor de Deus é pessoal:

Deus nos conhece, nos considera e nos ama de forma pessoal. Deus ama a cada um como filho único. Deus conhece você, suas necessidades, seus anseios, seus planos, suas dificuldades, suas qualidades e o ama como você é e como filho único.

O amor de Deus é misericórdia:

A misericórdia de Deus é sempre um socorro ao pecador, pois, quando o homem peca, faz a Sua misericórdia derramar-se sobre ele e vir em seu auxílio todo o mistério da ternura divina que o socorre e reconduz.
Deus espera ansiosamente nosso arrependimento, nossa volta para os Seus braços (Lc 15,11-30). É o Pai quem corre ao encontro, quem se lança ao pescoço do filho e quem o beija). Existe uma grande alegria no céu quando um pecador se arrepende e confessa os seus pecados e pela volta a Deus, que não nos vê como pecadores e sim como filhos queridos (Lc 15,32).

O amor de Deus é eterno:

O amor de Deus não tem começo e nem tem fim, porque o próprio Deus, que é amor, nunca teve começo e nunca terá fim: “De longe me aparecia o Senhor: amo-te com eterno amor, e por isso a ti estendi o meu favor” ( Jer 31,3). Deus sempre ama você e sempre o amará. Sempre!

O amor de Deus é gratuito:

Há pessoas, acham que precisam “esforçar-se” para que Deus as ame. “Se eu for “bom” Deus me ama. Se eu for “mau” Deus não me ama”. Isto também não é verdade. Deus ama e aceita você do jeito que você é. Deus não nos ama “em troca” do que fazemos ou somos. Deus não nos ama colocando condições.

O amor de Deus é fiel e constante:

Deus nos ama com o mesmo amor, todos os dias. O Seu amor não é vacilante, não oscila, é sempre constante. Não é como o nosso que depende da nossa disposição de amar num dia e já no outro não estamos mais dispostos a amar, seja porque fizeram algo contra nós, seja porque estamos mal-humorados ou doentes.

O amor de Deus é generoso:

Se da inteiramente vindo habitar como amigo em nossa alma. Deus não nos trata como nós merecemos. Dente por dente, olho por olho. Deus nos dá muito mais do que aquilo que nós imaginamos, queremos e merecemos.

O amor de Deus é desinteresseiro:

O amor de deus que se basta em si mesmo, nos ama só para nos fazer o bem.

O amor de Deus é preveniente:

Porque não somente é o primeiro a nos amar, mas ainda nos solicita, mendiga o nosso amor.

Deus quer se comunicar com você:

Deus não está distante de nós, Ele deseja fazer parte da nossa história, deseja ter um relacionamento íntimo conosco, deseja caminhar conosco, quer ser nosso amigo íntimo, por isto deseja se manifestar a nós, deseja comunicar-se com seu povo e o nível desta comunicação do Amor de Deus para conosco é eterno e altíssimo como nos revela este versículo da Bíblia: “Então às tuas invocações, o Senhor responderá, e a teus gritos dirá: Eis-me aqui!” ( Is 58,9).

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Algumas citações/frases de Santos

Santo Agostinho
“Atravessaste Senhor, o meu coração com uma flecha de amor tão penetrante, que bem metida no peito ficou abrasado o ferro dentro da ferida.”

São Genésio
Ao ser torturado em meio ao sofrimento disse repetidas vezes: “Outro Senhor não há no mundo, a não ser Jesus Cristo. A Ele adoro e quero servir, por ele quero morrer mil vezes. Não há martírio que possa arrancar do meu coração o amor a Jesus Cristo”

"Deus prefere deixar-me nas trevas a dar-me outra luz que não seja Ele mesmo."
Santa Teresinha

“Pregue sempre o Evangelho, e quando for necessário, use palavras.”
São Francisco de Assis

"Se fores aquilo que Deus quer colocareis fogo no mundo."
Santa Catarina de Sena

"Quando estou dividido em mim mesmo é porque não estou unido com Deus".
São Bernardo

“Um único olhar sobre a imagem do Crucificado – confessou ela mesma – tira-me toda aflição e suaviza-me o sofrimento”
Santa Escolástica

Santa Felicidade, mártir
Antes de ser martirizada: “Agora estou sofrendo, entregue a mim mesma naquele dia, porem, estará em mim alguém que sofrerá em meu lugar, porque é para ele que sofrerei”